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Análise – Croácia: inspiração em 1998 e Islândia novamente pelo caminho

Para tentar repetir o feito de duas décadas atrás, seleção croata terá que passar por seu algoz nas eliminatórias.

Matéria de Fernando Beagá, publicada em 15/05/2018 para a PLACAR/VEJA

O fatiamento da Iugoslávia no início dos anos 1990 evidenciou uma nova nação com nativos bons de bola: a Croácia. Lá estavam os principais responsáveis pelo título mundial de juniores conquistado pelo antigo país, em 1987. Nove anos depois, os meias Boban e Asanović e o atacante Šuker formaram o trio que conduziu os “axadrezados” (alusão ao uniforme da equipe) ao terceiro lugar na França, em 1998, em sua estreia em Copas.

O torcedor croata que deseja uma nova façanha na Copa do Mundo da Rússia pode se apegar às coincidências do time atual com aquele de duas décadas atrás. Na Eurocopa anterior ao mundial, a Croácia perdeu nas quartas de final para a equipe que se tornaria a campeã. Em 1996, para a Alemanha. Em 2016, para Portugal. Classificou-se para a Copa de 1998 disputando a repescagem das Eliminatórias Europeias. Para 2018, idem. Em ambos os Mundiais, com a Argentina no mesmo grupo.

Em campo, também é possível encontrar semelhanças. O habilidoso Boban, que foi camisa 10 do poderoso Milan, da Itália, tem em Modrić (o pensador do meio campo do Real Madrid, da Espanha) seu sucessor. Asanović era quem impunha velocidade na ligação com o ataque — na gíria futebolística, o “motorzinho” —, função hoje atribuída a Rakitić, que corre para que o argentino Lionel Messi tenha liberdade no Barcelona. Por fim, Davor Šuker foi o artilheiro da Copa da França com seis gols. Seu correspondente é Mario Mandžukić, maior goleador em atividade com a camisa quadriculada, com 30 gols.

Com poucos gols pela Juventus, da Itália, na atual temporada, Mandžukić pode dar a impressão de que desembarca na Rússia em má fase. Na verdade, seu técnico no clube, Massimiliano Allegri, descobriu nele um bom meio-campista. Portanto, recuado. Ótima experiência para o treinador croata, Zlatko Dalić, que dividiu a responsabilidade dos gols com outros dois atacantes que atuam no futebol italiano: o centroavante Kalinić, do Milan, e o veloz ponteiro Perišić, da Inter de Milão.

Considerando que exatamente a Islândia, adversária no Grupo D, foi quem forçou a Croácia a disputar a repescagem nas Eliminatórias, chegar às oitavas já será difícil. Passado esse obstáculo, poderá sonhar a partir das coincidências. Argentina e Nigéria completam a chave.

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